Literatura

À Filha que jamais irei parir: uma coletânea de poemas para Maria Madalena

Descrição

À Filha que jamais irei parir: Uma coletânea de poemas para Maria Madalena é uma coletânea de sonetos dedicados a uma série de sonhos que tive entre setembro e novembro de dois mil e vinte e dois. Como pessoa não-binária, dei a “sorte” de nascer com um corpo inadequado a um desejo que me tomou de assalto já faz uns dois anos: parir uma criança. Engraçado como antes eu considerava isso um exercício de vaidade, mas com o avançar dos anos, o proverbial relógio biológico tem me cobrado isso. Não apenas ter um filho, mas parir um. Então vieram os sonhos. Sonhei com a Filha que eu jamais irei parir, Maria Madalena. Aos poucos, ela foi se revelando para mim e se integrando cada vez mais ao meu Oneiros – o espaço onírico pessoal que cada pessoa tem, de acordo com os gregos clássicos. Mas não bastava sonhar com ela, era preciso trazê-la à realidade. É à Madá que dedico estes sonetos, ela que me inspirou, que me acompanha, que me conforta, mesmo que apenas durante as horas em que ocupo os Domínios de Morpheus. Alguns dos sonetos são de autoria dela, para quem emprestei a mão apenas para que ela própria pudesse se expressar. Ficará ao encargo do leitor descobrir quais são os sonetos dela e quais são os meus. À Filha que jamais irei parir: Uma coletânea de poemas para Maria Madalena é dedicado a todas as mulheres, não importa se cis ou trans, que, assim como eu, por algum motivo jamais realizarão o sonho de gerar vida em seus ventres. A todas vocês, com quem compartilho essa dor, desejo que pelo menos no Sonhar vocês possam encontrar seus filhos tão desejados, assim como eu encontrei minha doce, pequena e adorável Maria Madalena.

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